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BERLIM - O mercado de arte na Alemanha foi recentemente
abalado pelo maior escândalo de falsificação das últimas décadas, que demoliu
a credibilidade de especialistas e das galerias que venderam as obras. Quatro
pessoas são acusadas de lucrar cerca de US$ 22 milhões ao negociar peças
falsas de nomes como Max Pechstein e Max Ernst no mercado internacional.
Enquanto isso, três irmãos especialistas em replicar obras de mestres das
artes plásticas assinam seus trabalhos com seus próprios nomes, na tentativa
de evitar que as "falsificações" caiam no mercado como originais. Os russos
Evgeni, Mikhail e Semyon Posin, radicados em Berlim e considerados os melhores
especialistas na "reconstrução" de obras no mundo, acham que o mercado é
dominado por especuladores sem escrúpulos.
Em seu ateliê, no bairro operário de Neukölln, os irmãos assumem as suas
cópias, como a de Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, tida por especialistas como
idêntica à original. Para replicar a obra com tal perfeição, eles contam que
visitaram várias vezes o Louvre de Paris para observar com lupa o trabalho de
Da Vinci, protegido por uma vitrine de vidro. No salão de arte da Rua Wipper,
a Mona Lisa não tem proteção. A porta costuma ficar aberta no verão, para
refrescar o ar, impregnado do odor forte das cores frescas.
Em contraste com a Mona Lisa, um quadro do austríaco Gustav Klimt ("O beijo")
mostra a versatilidade dos russos.
- Nós não falsificamos as obras, mas pintamos um novo quadro, igual ao
primeiro - diz Evgeni.
Quando chegaram a Berlim, os três ganhavam dinheiro desenhando retratos dos
passantes. Aos poucos, a fama dos Posin cresceu, graças à perfeição de seu
traçado. Hoje, recebem visitantes do mundo inteiro em busca de réplicas de
grandes mestres. Essas requerem mais tempo do que os retratos a lápis das ruas
de Berlim. Em um mês, eles fazem um Monet. Em um período mais curto, um
Rembrandt. A Mona Lisa foi a obra que exigiu mais tempo: cerca de um ano.
- Fazemos questão de pintar esses mestres usando as mesmas técnicas que usavam,
porque de outra forma elas seriam para sempre esquecidas - diz Semyon.
Para o historiador Christoph Stölzl, ex-secretário de cultura de Berlim, que
já encomendou dois quadros, as cópias são "dramaticamente boas", capazes de
chocar especialistas.
O sonho deles, agora, é recriar as telas do compatriota Wassily Kandinsky.
Para isso, precisam aguardar três anos, quando se completam 70 anos de sua
morte. Antes disso, a lei dos direitos autorais proíbe réplicas de obras do
artista.